A história da caatinga não pode ser contada a partir de um enfoque maniqueísta, que divida os protagonistas entre mocinhos e vilões. A brutalidade dos bandos de cangaceiros que assolavam os sertões do Nordeste só encontrava equivalência na truculência das forças policiais que lhes davam combate – e na profunda injustiça social dos latifúndios que lhes serviam de pano de fundo. Os papéis cambiantes de vítima e algoz, sofredor e assassino, confundem-se em um quadro de contornos pouco nítidos, necessariamente ambiguos. Em um cenário no qual se julgava que a honra ultrajada devesse ser lavada com sangue, em que a valentia era, por vezes, o único meio de sobrevivência, não havia espaço para distinguir bem e mal, certo e errado, crime e castigo. Aos olhos contemporáneos e urbanos, isso talvez cause perturbação e espanto. Mas, ao mergulharmos no turbilhão de significados complexos dos dramas sertanejos, não faz sentido perguntar, por exemplo, se Lampião foi bandido ou herói, se Pad Cicero era santo ou impostor. O mesmo vale para a trajetória de Marca, a protagonista desta narrativa de Robério Santos. Deus e o Diabo andavam juntos – e de mãos dadas – na terra do sol.
Autor: SANTOS, ROBÉRIO
Editora: BELLA EDITORA
MARCA – BELLA EDITORA
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